Pouco prazo
Em meio ao relevante, porém, por vezes acelerado processo de revisão das normas regulamentadoras, o mês de junho foi marcado por críticas ao prazo de apenas 60 dias para as consultas públicas que tratam da inclusão de anexos de Químicos, Cancerígenos e apêndices de Benzeno e Asbesto na NR 9, e também dos anexos de Químicos na NR 15. Os textos publicados pelo Governo em 30 de maio último ficam, em princípio, abertos para contribuições da sociedade até final deste mês.
A ABHO (Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais) é quem fez o alerta e solicitou oficialmente à Secretaria de Inspeção do Trabalho mais tempo para que os textos possam ser melhor avaliados, discutidos e para que sugestões possam ser encaminhadas. Sem negar que houve avanços nos novos textos, a entidade, contudo, não considera apropriada a revisão proposta e quer opinar.
Importante lembrar que a NR 15 há mais de 40 anos não é revisada, está completamente desatualizada aos parâmetros atuais. Merece, portanto, uma revisão cautelosa sob pena de não servir ao seu principal propósito: a proteção dos trabalhadores brasileiros.
Na matéria Mais tempo, páginas 18 e 19 você obtém mais detalhes.
REPORTAGEM DE CAPA / SEGURANÇA E SAÚDE NA CONSTRUÇÃO
A obrigatoriedade do PGR nos canteiros de obras requer adequação e esforço para o alinhamento das atividades próprias e de terceiros
Um setor marcado por muitos acidentes graves e fatais está sendo novamente desafiado a revisar seus processos desde a publicação da NR 18 em janeiro deste ano. O PCMAT deve dar lugar ao PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), proposto na nova NR 1, que precisa ser adequado aos canteiros de obras. A reportagem destaca os aspectos mais importantes exigidos pela normatização na palavra de especialistas e profissionais que trabalharam na revisão do texto. Profissionais de empresas também contam como vivenciam o novo cenário na prática e os aspectos em que ainda há maior dificuldade de adaptação.
ENTREVISTA
Higiene Ocupacional para todos
O engenheiro de Produção pós-graduado em Higiene Ocupacional, professor da Universidade de São Paulo e consultor na área de HO, Gustavo Rezende de Souza, fala sobre a importância da especialidade para a melhoria dos ambientes de trabalho e do aprimoramento que os profissionais devem buscar neste campo. Atualmente é professor responsável pelos cursos de Higiene Ocupacional da Universidade Proteção e jurado do Prêmio Proteção Brasil.
ARTIGOS
DESPROTEGIDOS
Eficiência de respiradores em profissionais da linha de frente da Covid-19.
MÉTODOS AVALIADOS
Análise das posturas de trabalhadores de manufatura com diferentes instrumentos.
DIREITOS IGUAIS
Abordagem compara regulação da Saúde e Segurança do Trabalho entre celetistas e estatutários